DIA 08 DE NOVEMBRO
MEMORIA DA BEATA ELISABETE DA TRINDADE
CARMELITA DESCALÇA
Elevação à Santíssima Trindade
Ó
meu Deus, Trindade que eu adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente para me
fixar em Vós, imóvel a pacifica como se a minha alma estivesse já na
eternidade. Que nada possa perturbar a minha paz, nem fazer-me sair de Vós, ó
meu Imutável, mas que cada minuto me faça penetrar mais na profundidade do
vosso Mistério. Pacificai a minha alma, fazei nela o vosso céu, a vossa morada
querida e o lugar do vosso repouso. Que eu nunca Vos deixe só, mas que aí
permaneça com todo o meu ser, bem desperta na minha fé, toda em adoração, toda
entregue à vossa Ação criadora.
Ó meu Cristo amado, crucificado por amor, quereria ser uma esposa para o vosso Coração, quereria cobrir-Vos de glória, quereria amar-Vos… até morrer de amor ! Mas sinto a minha impotência a peço-Vos para me “revestir de Vós mesmos”, para identificar a minha alma com todos os movimentos da Vossa alma, para me submergir, invadindo-me, a substituindo Vos a mim, para que a minha vida não seja senão uma irradiação da vossa Vida. Vinde a mim como Adorador, como Reparador, a como Salvador.
Ó meu Cristo amado, crucificado por amor, quereria ser uma esposa para o vosso Coração, quereria cobrir-Vos de glória, quereria amar-Vos… até morrer de amor ! Mas sinto a minha impotência a peço-Vos para me “revestir de Vós mesmos”, para identificar a minha alma com todos os movimentos da Vossa alma, para me submergir, invadindo-me, a substituindo Vos a mim, para que a minha vida não seja senão uma irradiação da vossa Vida. Vinde a mim como Adorador, como Reparador, a como Salvador.
Ó
Verbo eterno, Palavra do meu Deus, quero passar a minha vida a escutar-Vos,
quero tornar-me inteiramente dócil, para tudo aprender de Vós. Depois, através
de todas as noites, de todos os vazios, de todas as impotências quero fixar-Vos
sempre a permanecer sob a vossa grande luz; ó meu Astro amado, fascinai-me para
que eu não possa jamais sair da vossa irradiação.
Ó Fogo consumador, Espírito de amor, “descei sobre mim”, para
que na minha alma se faça como que uma encarnação do Verbo: que eu seja para
Ele uma humanidade de acréscimo na qual Ele renove todo o seu Mistério. E Vós,
ó Pai, debruçai-vos sobre a vossa pequena criatura, “cobri-a com a vossa
sombra”, não vendo nela senão o “Bem-Amado no qual pusestes todas as vossas
complacências”.
Ó meus Três, meu Tudo, minha Beatitude, Solidão infinita, Imensidade onde me
perco, entrego-me a Vós como uma presa. Sepultai-Vos em mim para que eu me
sepulte em Vós, enquanto espero ir contemplar na vossa luz o abismo das vossas
grandezas.
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